"À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo"

Tag: Natal

Então é Natal? (Ou: Boas festas pra quem?)

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Num desceu, mesmo.

Natal, pra mim, sempre foi uma época um pouco estranha. Eu nunca tive, necessariamente, Natais memoráveis, ou coisa do gênero, como boa parte das pessoas têm (ou, pelo menos, como parece nas redes dessas pessoas). Então, além de ser um período mais reflexivo por natureza, eu ainda tenho outras questões pra lidar internamente e fico reflexivo x10.

Mas isso nunca foi um problema de verdade.

Só que dessa vez algum fio desencapado entrou em curto e, pela primeira vez em muito, muito tempo o meu Natal foi, parcialmente, uma bosta. Só que nunca é só isso ou só aquilo, né.

A vida é difícil. Pra uns mais, pra outros menos. Pessoas carregam dores, histórias, conquistas e fracassos e, portanto, cada um tem uma perspectiva das coisas e age (em geral) de acordo com elas. A gente aprende a aceitar as idiossincrasias (sempre quis usar essa palavra num texto) das pessoas ao nosso redor pra conseguir viver com um mínimo de sanidade; a gente tenta ter um fio de empatia pra se colocar no lugar do outro e entender suas frustrações com a gente e com as nossas atitudes, mas, e a mim, quem entende? Quem tenta entender minhas frustrações? Quem pergunta como eu estou e se eu preciso de algo?

Dessa vez eu percebi que cansei de ser 190 o tempo todo, mas ter o telefone desligado na cara quando eu ligo de volta pra pedir ajuda – ou só pra perguntar se tá tudo bem. E eu senti algumas alavancas sendo acionadas em mim.

Eu não sou uma pessoa fácil, eu sei. Mas, ao mesmo tempo, eu sofro da mesma coisa que todo mundo que tem um coração batendo e uma alma queimando sofre: eu sinto. E eu sinto muito. Nem sempre eu sei colocar em palavras a avalanche de coisas que passa na minha cabeça num determinado momento ou situação; nem sempre eu consigo ter a sabedoria do que é melhor fazer e o que é melhor deixar de fazer; nem sempre eu quero ser pedra fundamental da igreja de ninguém.

Quando eu comecei a rascunhar essas palavras (na noite de Natal mesmo) a idéia era de fato um desabafo, mas eu parei quando começou a se tornar um consolidado de ataques agressivos e gratuitos e algumas luzes de emergência se acenderam aqui dentro. O texto tá cozinhando na minha cabeça há quase 1 semana já e eu já tava aqui desistindo de publicar quando, respondendo um email de trabalho sobre uma pequena confusão num projeto por conta de um mal-entendido, lembrei que se a gente não tira as coisas aqui de dentro, elas viram os demônios do Constantine (se você não assistiu, acho que esse trecho (até 1:00, mais ou menos) explica o que eu quero dizer) só sussurrando coisa ruim no meu ouvido.

As pessoas, todas elas, têm suas batalhas pessoais. Mais do que isso, cada um tem uma vida pra ser vivida e, às vezes, algumas coisas vão ficando pelo caminho porque é assim que banda toca. Ninguém deixa de visitar um tio distante ou um amigo da pré-escola porque é ingrato ou ruim.

O Natal, pra além dos presentes e da gula desenfreada, deveria ser uma época de se lembrar de como, apesar de tanta coisa bosta no mundo, nascem coisas boas o tempo todo. E não época de se sentir mal por Ser.

Boas festas, pessoas. Mal aí.

Abraços.

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Uma pequena nota de Natal

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(Imagem: Adoration of the Magi)

Amigos,

mais um novo ano e um novo Natal se aproximam e, com eles, nossas esperanças se renovam.

O Natal, ainda que um pouco “maculado” pela nossa própria humanidade desenfreada e afobada, é um oásis de esperança e renovação, na minha modesta opinião, e precisa ser lembrado como tal. Mesmo que você não acredite em Deus ou não tenha nenhum tipo de crença, o Natal pode, sim, simbolizar um momento extremo de união, em que as energias boas do mundo todo ressoam em uníssono.

Que Deus possa nascer mais uma vez em nossas vidas e que Ele possa encher-nos de luz, esperança e paz; que, junto de nossos entes queridos, todos tenhamos uma noite incrível e de preparação para os desafios de mais um ano que já dobra a esquina.

Desejo a todos vocês toda a felicidade e paz do mundo e agradeço a cada por fazer parte da minha vida, cada de sua maneira especial e indispensável.

Obrigado!

Um Santo Natal e um formidável 2015!

Alê

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