"À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo"

Categoria: Reflexões (Page 3 of 15)

Domingo

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Domingo é um dia bem bizarro.

Tem gente que ama. Gente que odeia. Eu sou do último grupo.

Existe uma aura no domingo, sobretudo do meio da tarde em diante, que me deixa desconfortável, esteja eu largado no sofá de casa, esteja eu alcoolizado no meio de um churrasco.

É como se o domingo fosse aquele respiro antes do mergulho num oceano infindável sem saber quando (e se) vai respirar de novo.

Dizem que o no domingo recarregamos as baterias – o problema é que, geralmente, eu não acho a tomada.

Vai entender.

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Uma escolha muito difícil

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Já faz um tempo que eu não apareço aqui, eu sei. Tudo bem que todos sabíamos que isso ia acontecer, não é mesmo? De qualquer maneira, cá estou.

Essas últimas semanas eu tenho brigado, dentro dessa cabeça caótica que Deus me deu, sobre qual dos dois temas a seguir eu vou escrever primeiro: sucesso, dinheiro e intelectualidade (graças ao nosso querido Lemon Dusk, o herdeiro inepto) ou, como estamos em Copa do Mundo,  sobre futebol e suas “opressões veladas”.

Eu poderia escrever sobre os dois meio que duma vez, como o Cris Dias normalmente faz em suas newsletters, mas aí temo que possa virar um texto tão grande que, sinceramente, ninguém vai ler (escreveu ele num texto que talvez ninguém esteja lendo).

Daí o que eu decido? Escrever um TERCEIRO texto falando sobre a dificuldade que é decidir um tema de texto. É o puro suco de Alê.

Eu nem consigo dizer mais que eu procrastino – é todo um novo nível de procrastinação o que eu faço; devia, inclusive, ser esporte olímpico. Tá louco.

Mas falando sério, quantas vezes vocês não estão diante de, sei lá, 2 ou 3 coisas que precisam de fato fazer mas, no fim das contas, acabam fazendo uma outra completamente nada a ver e menos importante? Eu não acho, no fundo, que isso tenha a ver com procrastinação não, acho que é fuga mesmo. Às vezes fuga da responsabilidade, fuga de lidar com o resultado da tarefa em si, fuga da realidade, sei lá.

A fuga é um sentimento complexo e interessante. A gente faz terapia essencialmente porque a gente foge de nós mesmos, o que acaba desencadeando outros tipos de fuga (a Bruna vai me matar com essa simplificação preguiçosa do processo terapêutico 﫣).

É claro que eu não sou maluco de reduzir toda uma condição complexa humana ao cagaço de alguma coisa, mas se eu tivesse a mínima condição de ser um filósofo, ia transformar isso aí no meu tema de estudo. Seria um “efugologista”, (do latim effugere, “sair fugido”) – termo que cunhei agora, afinal, tá trânsito e eu tô sem ter o que fazer.

É isso. E você, foge muito tal qual Meynar da Receita Federal?

Abraços

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