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Crédito da imagem: Gabriel Faria

É comum dizer que estamos na era das selfies por conta do crescimento dessa, digamos, modalidade de fotografia.

Mas, se olharmos com um pouco mais de carinho, perceberemos que a internet por si só já é uma grande selfie há muito tempo. Desde que a internet deixou de ser um espaço onde só os grandes meios de comunicação habitavam e passou a ter uma porcentagem gigantesca de conteúdo gerado por usuários, ela começou essa transição para ser um, digamos, meio-selfie.

Vejam se concordam comigo:

  • Blog: um espaço na internet onde escrevemos nossos textos sobre o que quisermos, sem limitações e sem restrições. Uma selfie de nossos pensamentos.
  • YouTube, Vimeo, canais de vídeo em geral: publicamos vídeos tocando uma música, comentando um seriado, dando dicas sobre alguma coisa, ou ainda opinando sobre algum assunto da atualidade. Um video-selfie
  • Twitter e Facebook: quase um tempo-real da nossa vida. Um RT aqui, um Compartilhar ali; uma frase, um verso de poema, uma crítica a uma decisão política e por aí vai. Nossa maneira, hoje, mais comum de nos expressar para quem nos acompanha e quem mais quiser ler. Puramente selfie.

As fotos são só mais um meio de expressão própria entre todos esses outros, na minha modesta opinião.

E, pra mim, a internet é fantástica por causa disso: ela é formada por pessoas com as mais diversas opiniões e comportamentos e dispostas a compartilhar isso, seja pelo motivo que for. Pra mim, ela é um reflexo do que nós somos no dia-a-dia, amplificado algumas vezes.

Cabe a nós aprender a lidar com essa baita diversidade. Ninguém é obrigado a concordar com ninguém e o debate é sempre saudável – mas às vezes acho que ainda não aprendemos os limites disso.

Enfim, uma pequena viagem. 🙂

Abs

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